Como a fotocoagulação pode ser usada para tratar doenças da retina?
Postado em: 17/07/2023
Fotocoagulação a Laser é um procedimento feito no consultório médico onde são aplicados feixes de laser na retina. Ela trata diversas doenças da retina.
Ao realizar uma fotocoagulação a laser é possível selar vasos sanguíneos, melhorar a oxigenação da retina, restaurar o epitélio pigmentado da retina, reabsorver líquidos ou unir a retina quando na presença de buracos retinianos.
O objetivo do tratamento é prevenir maiores danos à retina e, com isso, evitar perdas visuais no futuro. Em alguns casos, é possível alcançar até mesmo uma melhora visual após o tratamento.
O feixe de luz direcionado permite que o médico especialista em fundo de olho (retinólogo) consiga aplicar o laser exatamente onde se faz necessário. Obtendo assim maior eficiência no resultado final.
Embora seja um procedimento oftalmológico sua aplicação é feita no âmbito ambulatorial sem necessidade de aplicar anestesia no paciente. Somente a instilação de colírio anestésico no olho, para aliviar algum tipo de desconforto.
Entre as indicações mais comuns podemos citar:
- Descolamento de retina;
- Edema macular;
- Retinopatia diabética;
- Degeneração macular relacionada à idade;
- Oclusão vascular da retina;
- Rotura de retina;
- Macroaneurisma arterial da retina;
- Coriorretinopatia serosa central.
Como a fotocoagulação a laser é realizada?
O paciente é posicionado no aparelho após fazer a dilatação pupilar e anestesia tópica com colírios, e são realizados os disparos com características específicas para cada doença, transformando-se em energia térmica, elevando a temperatura no local.
A fotocoagulação a laser é realizada em uma ou várias sessões, onde a retina sofre várias “micro” queimaduras. Nos casos mais graves, podem ser necessários vários disparos de laser numa mesma sessão. Esse processo provoca a desnaturação das proteínas e coagulação causando um processo cicatricial.
Como consequência de todo esse processo, há uma redução na formação de vasos sanguíneos anômalos na retina, em doenças tais como retinopatia diabética, glaucoma neovascular e oclusões vasculares retinianas.
Este procedimento pode ser realizado em regime ambulatorial (dispensa internação), utilizando apenas os colírios. Isto permite ao paciente, após o procedimento, ir para casa sem nenhum curativo.
Orientações
- Paciente deve comparecer com acompanhante maior de idade;
- Usuários de lente de contato devem interromper uso no dia do exame;
- Fazer uma alimentação leve antes do exame;
- O procedimento tem duração de aproximadamente 30 minutos por olho;
- Após a realização do laser o doente fica com a visão turva durante algum tempo devido ao efeito do laser e da dilatação da pupila. Por isso, deverá estar acompanhado quando da realização do procedimento por algum familiar ou acompanhante;
- O paciente não deverá conduzir ou caminhar sozinho após o exame.
Quanto tempo de recuperação da fotocoagulação a laser?
Geralmente são poucos dias a recuperação da fotocoagulação a laser, devendo o paciente ficar em repouso relativo por cerca de 48 a 72 horas, principalmente em casos de roturas retinianas.
Não é necessário repouso, na maioria dos casos. No entanto, cada caso é um caso e o paciente deve seguir as recomendações de seu médico oftalmologista.
Em casos de rotura retiniana, por exemplo, pode ser necessário um repouso relativo, já que o laser demora um pouco mais para cicatrizar e realizar o seu efeito.
A fotocoagulação a laser é uma cirurgia?
Não. A fotocoagulação a laser é um procedimento não-cirúrgico feito no consultório médico.
Se você ou alguém que conhece está enfrentando problemas de retina, é essencial buscar a avaliação especializada. A Dra. Medéia Coradini é médica oftalmologista especialista em Neuroftalmologia, Óptica Cirúrgica/Catarata e Retina Cirúrgica com lentes de tecnologia avançada. Ela realiza a Cirurgia de Catarata, trabalhando com lentes intraoculares de última geração. Agende agora mesmo sua consulta!
Leia também:
Como a cirurgia de retina pode melhorar a visão e a qualidade de vida do paciente