Retina

A retina é uma estrutura localizada no fundo do olho, contendo uma série de células fotorreceptoras, que processam os estímulos visuais e os enviam para o nervo óptico. Esse nervo encaminha as ondas luminosas já decodificadas para o cérebro, onde a visão vai se formar integralmente.

A retina é uma região sensível e que pode ser acometida por doenças. Veja abaixo quais são as principais patologias que afetam essa estrutura:

A mácula é a região central da retina, contendo um enorme conjunto de células fotorreceptoras responsáveis pela visão centralizada e de cores.

A degeneração macular relacionada à idade pode ser provocada pelo envelhecimento, tabagismo, alterações genéticas, obesidade, doenças no aparelho cardiovascular, exposição ao sol e dieta pobre em ômega 3.

A doença pode se manifestar de duas formas:

  • DMRI seca: as células da mácula gradativamente degeneram devido o acúmulo de resíduos nos fotorreceptores na retina, que formam lesões branco-amarelas chamadas drusas, com manifestações bilaterais. Os sintomas são progressivos, formando um área central escura, que chamamos de escotoma central.
  • DMRI úmida: há uma proliferação anormal de vasos sanguíneos coroideanos, camada que está entre a retina e a esclera, afetando a mácula. Com isso, ocorre o vazamento de fluidos e sangue na região, com a progressiva formação de tecido cicatricial na área. O quadro se manifesta primeiro em um olho, mas pode afetar ambos. Ele se manifesta de forma rápida, podendo ocorrer distorção da visão central, embaçamento, ondulação e até a perda súbita da visão.

O diagnóstico é realizado com o exame com oftalmoscópio e pode ser necessário o uso de exames complementares. O tratamento envolve suplementação dietética, medicamentos, procedimentos com medicações intraocular, aconselhamento para pacientes com quadros de baixa visão.

Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética é uma complicação da diabetes, que provoca lesões na retina.

O quadro se manifesta, primeiro, pela retinopatia diabética não proliferativa, ocorrendo vazamento de sangue ou fluido em pequenos pontos da retina. Isso provoca pequenos pontos de inchaço, que afetam a visão.

Pode ocorrer o surgimento de pontos cegos detectáveis apenas em exames, se o edema for na mácula ocorre o embaçamento visual. Porém, às vezes o quadro é assintomático.

Na manifestação de retinopatia diabética proliferativa ocorre o crescimento de novos vasos sanguíneos na retina, de forma anormal, o que provoca formação de cicatrizes e sangramentos.

O quadro pode gerar perda total ou parcial da visão se houver descolamento da retina por tração ou hemorragia excessiva no humor vítreo. A patologia também pode levar ao glaucoma neovascular. Entre os sintomas, podemos citar o embaçamento do campo visual, flashes de luz, pontos flutuantes e perda repentina da visão.

O diagnóstico é realizado pelo médico oftalmologista e pode haver a solicitação de exames adicionais. O tratamento envolve controle da glicose, fotocoagulação a laser, vitrectomia e injeções de medicações nos olhos.

Retinopatia Hipertensiva

A retinopatia hipertensiva é uma complicação da hipertensão, se caracterizando por lesões na retina, em que os vasos sanguíneos ficam comprometidos, de forma que o aporte de sangue para a região é reduzido.

Com o curso da doença, pode ocorrer o vazamento de sangue para a retina e a perda gradativa da visão. O diagnóstico é feito com o oftalmoscópio e o tratamento envolve o controle da pressão arterial.

Distrofias retinianas

São um conjunto de doenças hereditárias que afetam os cones e bastonetes, que são as células receptoras de luz. Esse grupo de patologias é bastante heterogêneo e são de difícil diagnóstico, por terem sintomas que não são específicos.

Se caracterizam por disfunções na visualização de cores, predisposição ao desenvolvimento de outras doenças oculares na adolescência, grau de erro de refração muito alto, e podem estar associadas a quadros sistêmicos, como os de retardo mental. O diagnóstico é feito pelo médico oftalmologista.

Oclusões arteriais venosas

As oclusões vasculares podem ser de 2 tipos. São os famosos “derrames” que popularmente falamos.

Os oclusões vasculares arteriais e venosas têm origens fisiopatológicas distintas.

Saber a origem do “derrame” e identificar qual tipo o paciente foi acometido impacta qual linha de tratamento será necessária e no prognóstico visual.

Dra Medéia Coradini é especializada em Cirurgia de Retina e Vítreo com bagagem de anos 10 anos no estudo de retina , esse conhecimento te ajudará nas informações que precisa, desde o diagnóstico até o tratamento. Entre em contato e agende sua consulta!