Catarata congênita: Diagnóstico e tratamento desde o nascimento

Postado em: 15/12/2023

Catarata congênita: diagnóstico e tratamento desde o nascimento

A Catarata Congênita, relativamente rara, é uma condição ocular que afeta bebês e crianças. Pode manifestar-se desde o nascimento ou surgir nos primeiros meses ou anos de vida. Essa condição ocorre quando o cristalino, normalmente transparente, torna-se turvo ou opaco, resultando em problemas de visão.

As causas da catarata congênita variam e geralmente estão associadas a mutações genéticas que afetam o desenvolvimento do cristalino durante a gravidez. Continue lendo para entender o diagnóstico e tratamento dessa condição ocular que pode ocorrer na infância. 

Sintomas

A catarata congênita pode afetar um ou ambos os olhos e variar em gravidade. Algumas crianças possuem cataratas pequenas que não impactam a visão, enquanto outras enfrentam cataratas maiores, resultando em perda visual.

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Visão turva ou embaçada.
  • Má acuidade visual.
  • Nistagmo (movimentos oculares involuntários).
  • Estrabismo (olhos cruzados ou desalinhados).
  • Sensibilidade à luz.
  • Reflexo vermelho anormal (brilho vermelho ao incidir luz nos olhos).

A detecção da catarata congênita pode ser desafiadora, especialmente em bebês incapazes de comunicar problemas de visão. Pais devem estar atentos a sinais como:

  • Pupila branca ou branco-acinzentada em fotografias com flash.
  • Falta de contato visual ou rastreamento visual deficiente.
  • Atrasos no desenvolvimento ​​relacionados à visão, como alcançar objetos ou engatinhar. 

Causas

A catarata pode ter origem hereditária, sendo que algumas crianças nascem com o que é chamado de catarata congênita. Esse tipo de catarata pode ser resultado de várias causas, como infecções, problemas metabólicos, diabetes, traumas, inflamações ou reações a medicamentos.

Alguns antibióticos administrados a mulheres grávidas para tratar infecções podem induzir catarata em recém-nascidos. Durante a gestação, a catarata costuma se desenvolver se a mãe contrair sarampo, rubéola, catapora, citomegalovírus, herpes zoster, vírus Epstein-Barr, sífilis ou toxoplasmose. Problemas cromossômicos, como a síndrome de Down, também podem ser responsáveis pela catarata congênita.

É possível que algumas crianças desenvolvem catarata nos primeiros anos de vida, muitas vezes resultado de trauma ocular. Em certos casos, a catarata pode não ser identificada na infância, mas acaba sendo descoberta em crianças mais velhas.

Diagnóstico

A maioria das cataratas pediátricas é detectada logo após o nascimento, durante exames hospitalares ou consultas de saúde do bebê com pediatras. Algumas, contudo, podem passar despercebidas por anos, já que crianças não percebem problemas de visão. Pais podem suspeitar de um problema se notarem sensibilidade excessiva à luz ou dificuldade de foco.

Ao sinal de um possível problema, um oftalmologista realizará um exame oftalmológico completo na criança. Isso incluirá uma análise com lâmpada de fenda em ambos os olhos, verificação da pressão intraocular e outros testes. Com base nos resultados, o médico diagnosticará a presença de catarata em um ou ambos os olhos.

Tratamento

Cataratas congênitas leves, que não impactam a visão, especialmente se presentes em ambos os olhos, podem não exigir tratamento imediato. Nesses casos, o oftalmologista pode monitorar a catarata para garantir a estabilidade ao longo do tempo. Cataratas moderadas a graves, que afetam a visão ou ocorrem em apenas um olho, exigirão intervenção.

O tratamento mais comum para cataratas congênitas moderadas a graves é a cirurgia de remoção da catarata. Esse procedimento envolve a extração do cristalino turvo, substituindo-o por um implante de lente intraocular para restaurar a visão.

Em casos específicos, a cirurgia pode ser necessária logo após o nascimento, especialmente se a catarata for extensa ou prejudicar o desenvolvimento ocular. Na maioria dos casos, o procedimento é realizado quando a criança atinge alguns meses de idade ou mais.

A escolha da lente artificial no procedimento cirúrgico depende de vários fatores, como a idade da criança, o tamanho da catarata e a saúde do olho.

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