Catarata em jovens e idosos: Entendendo as diferenças
Postado em: 29/07/2024
A Catarata é uma das principais causas de perda de visão em todo o mundo, mais comumente associada ao envelhecimento. No entanto, jovens também podem desenvolvê-la.
As causas, sintomas e tratamentos podem variar significativamente entre esses grupos etários, tornando essencial entender essas diferenças para garantir o manejo adequado e a prevenção da perda de visão.
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Catarata: uma visão geral
A “Catarata” ocorre quando o cristalino, a lente natural do olho, torna-se opaco, resultando em uma diminuição da visão.
O cristalino deve ser claro para que a luz passe através dele e se foque corretamente na retina.
Quando há opacificação, a visão fica turva, como se estivesse olhando através de uma janela embaçada.
Essa condição pode se desenvolver em um ou ambos os olhos.
Catarata em idosos
Prevalência e causas
A catarata é muito comum em pessoas idosas. Estima-se que mais da metade dos indivíduos acima de 80 anos tenham catarata ou tenham sido submetidos à cirurgia de catarata.
Nas pessoas mais velhas, a condição geralmente se desenvolve como parte do processo natural de envelhecimento.
À medida que envelhecemos, as proteínas no cristalino podem começar a se degradar e se aglomerar, obscurecendo a lente.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas em idosos incluem visão turva ou nebulosa, cores desbotadas, problemas com a luz e a visão noturna, e uma frequente necessidade de mudança nas prescrições de óculos.
O diagnóstico é frequentemente feito durante um exame oftalmológico regular, que inclui testes de acuidade visual e um exame de dilatação para examinar o cristalino.
Tratamento
O tratamento principal para a catarata é a cirurgia, que envolve a remoção do cristalino opaco e, na maioria dos casos, a substituição por uma lente artificial.
A cirurgia de catarata é um dos procedimentos cirúrgicos mais seguros e eficazes, com uma rápida recuperação e melhora significativa da visão.
Catarata em jovens
Causas e prevalência
Embora menos comum, a catarata pode afetar pessoas de qualquer idade.
As cataratas em jovens podem ser congênitas (presentes no nascimento) ou podem desenvolver-se como resultado de lesões oculares, uso prolongado de esteroides, doenças como diabetes, ou podem ser secundárias a outras condições oculares.
Cataratas congênitas podem também ser parte de síndromes genéticas.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas em jovens podem ser semelhantes aos experimentados por idosos, mas o impacto pode ser mais significativo em termos de desenvolvimento e atividades diárias.
Em bebês, a detecção precoce é crucial e pode ser identificada se um reflexo ocular (reflexo vermelho) estiver ausente.
Em crianças mais velhas e adultos jovens, uma mudança na visão pode levar a um diagnóstico durante um exame oftalmológico.
Tratamento
O tratamento da catarata em jovens também é cirúrgico, mas a abordagem e o timing podem variar dependendo da causa e da gravidade da catarata, bem como da saúde ocular geral do paciente.
Em crianças, a intervenção precoce é muito importante para evitar ambliopia (olho preguiçoso) e para garantir o desenvolvimento visual adequado.
A educação contínua sobre os fatores de risco e a gestão precoce é crucial, especialmente para aqueles em grupos de risco, seja por idade ou condições pré-existentes.
O acompanhamento regular com um oftalmologista pode permitir a detecção precoce da catarata, independentemente da idade do paciente.
Prevenção e apoio para jovens e idosos
A prevenção, embora limitada, pode incluir o uso de óculos de sol para proteger os olhos da exposição ultravioleta e o gerenciamento adequado de doenças sistêmicas, como o diabetes, que podem aumentar o risco de desenvolvimento precoce de catarata.
Além disso, para jovens e idosos com catarata, suporte psicológico e adaptações educacionais podem ser necessários para ajudar a lidar com os desafios visuais.
Em crianças, a integração de recursos visuais apropriados e terapias de suporte pode facilitar o desenvolvimento educacional e social, assegurando que a catarata não limite seu potencial de aprendizado e interação.
No final, seja em jovens ou idosos, o entendimento das diferenças na apresentação e nas implicações da catarata pode orientar tratamentos mais eficazes e personalizados.
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Dra. Medéia Coradini
Oftalmologista especialista em Neuroftalmologia, Cirurgias de Catarata e Retina
CRM: 161.100 | RQE: 100.683
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