Cirurgia de catarata: recupere sua visão em 5 passos

Ficar com a visão embaçada causa uma sensação muito ruim. Você perde a capacidade de ler ou dirigir, não consegue diferenciar as cores e pode até achar que a televisão perdeu a nitidez, quando, na verdade, sua visão é que está prejudicada.

Isso é o que pacientes com catarata relatam, especialmente aqueles com mais de 40 anos e idosos. A catarata deixa o cristalino, a lente natural dos olhos opaco, o que torna difícil ver claramente.

A cirurgia de catarata pode reverter esse quadro e trazer de volta a qualidade de vida, mesmo em casos graves de cegueira.

Então, se você ou alguém que conhece tem catarata, continue lendo para entender melhor a cirurgia e esclarecer as suas dúvidas.

1. Como funciona a cirurgia de catarata?

A cirurgia de catarata é um procedimento considerado simples, de baixo risco, rápido e indolor. Consiste na remoção do cristalino afetado pela catarata e na substituição por uma lente artificial intraocular (LIO).

Antes da cirurgia, o paciente recebe anestesia local, geralmente por meio de colírios. Em alguns casos, pode ser administrado um sedativo leve.

O cirurgião realiza uma incisão escleral, com cerca de 2,75 mm, para remover o cristalino opaco. Esse corte é autosselante, elimina a necessidade de suturas na maioria dos casos.

Existem duas técnicas principais para a cirurgia de catarata: facoemulsificação e cirurgia a laser.

2. O que é facoemulsificação? 

A facoemulsificação é a técnica de cirurgia de catarata mais utilizada pelos cirurgiões, por se tratar de um procedimento seguro, prático, de baixo risco e indolor. 

Envolve o uso de uma caneta com uma ponteira que entra pela incisão e emulsifica a catarata, e aspira o cristalino opaco. Em seguida, uma nova lente é implantada. Essa lente pode ser personalizada para tratar outros problemas oculares, como miopia e hipermetropia.

3. Como funciona a cirurgia de catarata a laser?

A cirurgia de catarata a laser tem como principal diferença a confecção das incisões córneas. Enquanto na facoemulsificação o corte é feito com o auxílio de um bisturi, na cirurgia a laser, o próprio laser é o responsável pelo corte.

Após a incisão, ambos os procedimentos são semelhantes, envolvendo a remoção do cristalino e a inserção da nova lente intraocular.

Em alguns casos, o corte a laser é seguido pelo mesmo processo de substituição da lente usado na facoemulsificação, com a cânula diluindo e aspirando o cristalino, seguido pela inserção da nova lente intraocular por meio de cânula.

4. Tipos de lentes usadas na cirurgia de catarata

Com a evolução do procedimento cirúrgico, as lentes rígidas foram substituídas por materiais de alta qualidade e maior tecnologia agregada. Estas são maleáveis e podem ser inseridas nos olhos sem a necessidade de um corte grande no globo ocular.

As lentes intraoculares flexíveis estão disponíveis em diferentes modelos, incluindo:

Monofocais não tóricas: para pacientes com miopia, hipermetropia e catarata (sem astigmatismo)..

Monofocais tóricas: para pessoas com catarata e astigmatismo..

Multifocais: disponíveis em versões tóricas e não tóricas, corrigem a visão para perto, longe e intermediária, oferecendo uma solução abrangente.

Monofocais esféricas: indicadas para casos de catarata, mas podem resultar na necessidade contínua de óculos (para perto ou longe) após a cirurgia.

Monofocais asféricas: são de maior qualidade na formação da imagem em comparação às esféricas, recomendadas para corrigir miopia, hipermetropia..

5. Pós-operatório e recuperação da cirurgia de catarata

Após a cirurgia, o paciente deve seguir as orientações médicas, que incluem o uso de colírios antibióticos e anti-inflamatórios, além de evitar esforço físico.

É importante descansar os olhos, seguir as orientações pós-operatórias dadas pelo seu cirurgião, evitando assim complicações indesejadas neste período.

Outros cuidados pós-operatórios envolvem não esfregar ou apertar os olhos, dormir do lado oposto ao olho operado, usar óculos ou proteção ocular contra o vento e poeira, e manter uma boa higiene das mãos. O período de recuperação varia de 15 a 30 dias, dependendo do paciente. 

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