Cirurgia de retina: restaurando a visão e transformando vidas

Postado em: 21/08/2023

Tudo o que você vê passou primeiro pela retina, a camada interna do globo ocular responsável por transformar a luz em informação visual. A partir dela, o cérebro recebe os comandos para organizar e interpretar essas informações em forma de imagens. Compreender essa dinâmica nos ajuda a entender por que o descolamento da retina (ou deslocamento) é considerado uma urgência médica.

Quando se descola, a retina se afasta da camada interna do olho, e para de receber oxigênio levando a sofrimento ocular. Quanto mais prolongado for o tempo entre o descolamento e a cirurgia, maior será o risco de perda de visão, porque muitas células terão morrido e não se recuperarão.

Existe uma região nobre, que piora o prognóstico de recuperação da visão caso esteja descolada, essa região se chama mácula, ela é responsável pela visão central, onde podemos ver cores e melhor percepção espacial. 

Esse descolamento se origina de rasgos ou buracos na retina, permitindo a entrada de líquido ocular, fazendo com que o tecido dessa camada se descole ou se levante.

Em geral, esse fenômeno ocorre de forma espontânea, sem uma causa subjacente. Entre os fatores de risco, incluem-se alto grau de miopia, cirurgias prévias oculares, diabetes, tumores e trauma nos olhos, além do envelhecimento natural. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum a partir dos 40 anos. 

A cirurgia é indicada sempre que houver infiltração do vítreo devido à ruptura da retina.

Sintomas do descolamento de retina

Na maioria dos casos, os sintomas relacionados ao descolamento de retina não provocam dor, mas impactam imediatamente a visão do paciente. Os sinais podem incluir: 

  • Visão turva e embaçada.
  • Moscas volantes (manchas escuras que parecem se movimentar em frente aos olhos).
  • Flashes de luz repentinos.
  • Efeito permanente de sombra em parte do campo visual.
  • Em quadros mais graves, perda total da visão.

Diagnóstico

Ao notar qualquer um dos sintomas mencionados, procure um oftalmologista o mais rápido possível. Esse profissional solicitará os exames necessários para o diagnóstico e recomendará o tratamento adequado. 

O mapeamento de retina, oftalmoscopia indireta e ultrassom ocular são exames fundamentais para avaliar a retina.

Como é a cirurgia de retina?

O objetivo da cirurgia de retina é vedar o orifício da retina para impedir a infiltração do líquido vítreo. Normalmente, esse procedimento é seguro, envolvendo baixos riscos para o paciente. 

Realizada sob anestesia local, a cirurgia é indolor, embora algum desconforto possa surgir no pós-operatório.

O período de recuperação varia de 15 a 30 dias. Durante este período, o paciente deve descansar, podendo usar curativo no olho operado para deixá-lo em repouso completo. 

Sua duração varia de 60 minutos a 90 minutos, conforme a técnica adotada pelo médico.

Retinopexia pneumática: injeção de ar ou gás no vítreo, com o objetivo de colar a retina novamente na parede interna do olho, essa técnica é usada em casos bem específicos.

Retinopexia com introflexão escleral: é colocada uma faixa de silicone ao redor do olho com o intuito da esclera se aproximar da retina. Essa faixa é definitiva e costuma ficar no olho do paciente para o resto da vida.

Vitrectomia Via Pars Plana: nessa técnica, o médico remove o vítreo juntamente com outros tecidos para reposicionar a retina descolada. Em seguida, gases ou líquidos são injetados na cavidade para que a retina volte ao seu lugar de origem. Com o tempo, a substância injetada na cavidade do vítreo será absorvida ou retirada como nova cirurgia, e o espaço será preenchido novamente com fluido corporal. A vitrectomia pode ser combinada com cirurgia de catarata e outras técnicas descritas acima.

Fotocoagulação a laser: queimadura/cauterização ao redor do rasgo ou buraco identificado na retina.

Criopexia: cauterização por congelamento da retina ao redor do rasgo ou buraco.


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