Neurite Óptica: Sintomas, diagnóstico e tratamento

Postado em: 24/10/2024

Neurite Óptica Sintomas, diagnóstico e tratamento

A Neurite Óptica é uma condição inflamatória que afeta o nervo óptico, a estrutura responsável por transportar informações visuais do olho para o cérebro. 

Essa inflamação pode causar uma série de sintomas visuais, desde visão turva até perda significativa da visão. 

Embora em muitos casos a visão se recupere com o tempo, a neurite óptica pode ser um sinal de uma doença neurológica subjacente, como a esclerose múltipla. 

Reconhecer os sintomas, obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado é fundamental para evitar danos permanentes.

Neste artigo, vou comentar alguns dos principais sintomas da neurite óptica, como ela é diagnosticada e quais são os tratamentos disponíveis. Continue a leitura para conferir!

Sintomas da neurite óptica

Os sintomas da Neurite Óptica costumam surgir de forma súbita, muitas vezes em apenas um dos olhos. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Perda de visão: A perda de visão é o sintoma mais frequente, podendo variar de leve a grave. Em alguns casos, o paciente pode perceber apenas uma visão embaçada, enquanto em outros, a perda de visão pode ser quase total. Normalmente, a perda de visão se desenvolve ao longo de horas ou dias e pode piorar com o tempo.
  • Dor ocular: A dor nos olhos, especialmente ao movimentá-los, é outro sintoma comum. Esse desconforto geralmente está relacionado à inflamação do nervo óptico e tende a se intensificar durante o movimento ocular.
  • Alterações na percepção de cores: Pacientes com neurite óptica muitas vezes relatam que as cores parecem menos vibrantes ou desbotadas, especialmente a cor vermelha. Essa alteração é um indicativo de disfunção no nervo óptico.
  • Redução do campo visual: Em alguns casos, a neurite óptica pode causar pontos cegos ou áreas escuras no campo de visão do paciente, dificultando a visualização de objetos periféricos.
  • Fosfenos: Os pacientes podem perceber flashes de luz ou pontos brilhantes, especialmente quando movem os olhos.

É importante notar que os sintomas da neurite óptica podem variar de intensidade e alguns pacientes podem experimentar uma recuperação espontânea da visão após semanas ou meses, enquanto outros podem ter déficits visuais duradouros.

Diagnóstico da neurite óptica

O diagnóstico da neurite óptica envolve uma avaliação clínica completa e o uso de exames de imagem e testes oftalmológicos. 

O primeiro passo geralmente é uma consulta com um oftalmologista ou neuroftalmologista, que irá avaliar a visão, a resposta das pupilas e o fundo de olho.

Entre os principais exames e testes diagnósticos estão:

  • Exame de fundo de olho: Durante este exame, o médico pode observar sinais de inflamação ou inchaço no nervo óptico, embora em alguns casos o nervo óptico possa parecer normal.
  • Tomografia de coerência óptica (OCT): A OCT é um exame de imagem que permite a visualização detalhada das camadas da retina e do nervo óptico. Esse exame é útil para identificar o grau de dano ao nervo óptico.
  • Ressonância magnética (RM): A RM é frequentemente utilizada para identificar inflamações no nervo óptico e também para detectar possíveis lesões no cérebro que possam indicar doenças neurológicas associadas, como a esclerose múltipla.
  • Teste de potenciais evocados visuais: Este exame avalia a resposta do cérebro a estímulos visuais, detectando atrasos na transmissão dos impulsos visuais entre o olho e o cérebro.

Tratamento da neurite óptica

O tratamento da neurite óptica depende da gravidade da condição e da presença de doenças subjacentes. 

Em muitos casos, a inflamação diminui por conta própria e a visão melhora sem intervenção. No entanto, para acelerar a recuperação e evitar danos adicionais, tratamentos podem ser indicados:

  • Corticosteroides intravenosos: O tratamento mais comum para a neurite óptica é a administração de corticosteroides intravenosos, que ajudam a reduzir a inflamação do nervo óptico. Esse tratamento pode acelerar a recuperação da visão, embora não evite completamente o risco de recaídas.
  • Terapias imunossupressoras: Em casos de neurite óptica recorrente ou quando há uma doença autoimune associada, como a neuromielite óptica, terapias imunossupressoras podem ser indicadas para controlar a inflamação crônica.
  • Monitoramento neurológico: Em pacientes com neurite óptica associada à esclerose múltipla, o acompanhamento por um neurologista é importante para controlar a progressão da doença e prevenir novos surtos.

A neurite óptica é uma condição que pode afetar gravemente a visão, mas com diagnóstico e tratamento adequados, os pacientes conseguem uma recuperação significativa. Embora os sintomas possam desaparecer por conta própria, é importante buscar atendimento médico ao primeiro sinal de perda de visão ou dor ocular, garantindo que a condição seja monitorada e tratada adequadamente pela neuroftalmologia.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando algum dos sintomas de neurite óptica, não deixe de agendar uma consulta! Você pode conferir minha disponibilidade de horários entrando em contato pelo WhatsApp.

Dra. Medéia Coradini
Oftalmologista especialista em Neuroftalmologia, Cirurgias de Catarata com lentes de tecnologia avançada e Cirurgiã de Retina.
CRM: 161.100 | RQE: 100.683

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