Neuroftalmologia: a especialidade que une olhos e mente

Postado em: 29/12/2023

Neuroftalmologia: a especialidade que une olhos e mente

A perda de visão nem sempre tem origem nos olhos. Muitas vezes, é causada por condições neurológicas que afetam o nervo óptico, a órbita ocular ou o cérebro. A neuroftalmologia dedica-se a pacientes com diversos problemas visuais, como perda de visão, visão dupla, anomalias nos movimentos oculares, síndromes orbitárias e outros problemas oftalmológicos associados, como doenças cerebrovasculares, tumores, traumatismos cranianos, doenças neurodegenerativas e infecções.

Realizando uma avaliação clínica completa, que envolve acuidade visual, pupila, movimento ocular e alinhamento ocular, a neuroftalmologia utiliza testes clínicos de última geração para avaliar as funções visuais e oculares. Essa abordagem proporciona cuidado abrangente e preciso aos pacientes.

Explore mais sobre essa especialidade que desvenda os mistérios da visão e do sistema neurológico, conectando olhos e mente.

O que é neuroftalmologia?

Neuroftalmologia é uma especialidade focada em condições visuais relacionadas ao sistema nervoso. Isso engloba a perda de visão ou campo visual devido a lesões nas vias visuais, responsáveis por transmitir sinais dos olhos para o cérebro.

Os neuroftalmologistas diagnosticam e tratam uma variedade de problemas de visão associados ao cérebro, sistema nervoso e aos nervos ópticos. Lesões cerebrais ou nervosas podem resultar de trauma, inflamação, acidente vascular cerebral (AVC), tumor, toxicidade química, radiação ou infecções, impactando aspectos como visão das cores, pupilas e movimentos oculares.

Várias partes do cérebro controlam o movimento dos olhos, e qualquer dificuldade nessas regiões pode causar desalinhamento, frequentemente resultando em visão dupla (diplopia). Sintomas neuro-oftalmológicos podem se manifestar também em condições como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão e esclerose múltipla.

Em geral, os neuroftalmologistas adotam uma abordagem multidisciplinar no cuidado ocular, colaborando com neurocirurgiões, neurologistas, oncologistas, radiologistas e outros profissionais no tratamento dos pacientes.

Sintomas

Sinais neurológicos podem ser difíceis de reconhecer, mas a presença de qualquer um dos seguintes sintomas é recomendado procurar um oftalmologista. 

  • Visão dupla.
  • Dores de cabeça.
  • Espasmos nas pálpebras ou no rosto.
  • Nistagmo ou movimento anormal dos olhos.
  • Perda súbita de visão ou redução do campo visual.
  • Alterações na aparência das pálpebras e pupilas.

Condições tratadas em neuroftalmologia

Problemas neurológicos afetando a visão demandam abordagens especializadas. Algumas das condições tratadas na neuroftalmologia incluem:

  • Estrabismo.
  • Nistagmo.
  • Diplopia.
  • Esclerose múltipla.
  • Neurite óptica (inflamação do nervo óptico). 
  • Doença ocular da tireoide (DOT).
  • Neuropatia óptica isquêmica.
  • Enxaqueca oftálmica e dor de cabeça.
  • Miastenia gravis ocular (fraqueza muscular ocular).
  • Tumores cerebrais ou acidente vascular cerebral que afetam a visão.
  • Hipertensão intracraniana idiopática ou pseudotumor cerebral. 
  • Blefaroespasmo (contração descontrolada das pálpebras ou piscar incessante).

Diagnóstico

Neuroftalmologistas utilizam tecnologias avançadas para diagnosticar e tratar diversas condições neuro-oftálmicas por meio de exames e terapias especializadas.

Os exames diagnósticos de última geração incluem fotografia de fundo de olho, ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassom, angiografia cerebral e tomografia de coerência óptica.

As avaliações neuro-oftalmológicas são detalhadas, abrangendo histórico médico completo, campo visual e movimento ocular, além de um exame neurológico.

Os exames, que podem durar algumas horas, proporcionam informações para análise do diagnóstico pelo neuroftalmologista, que discutirá opções de tratamento e, se necessário, solicitará testes adicionais.

Tratamentos 

O tratamento das doenças neuro-oftálmicas varia de acordo com a causa do problema. Entre as opções estão injeção de toxina botulínica para controlar movimentos descontrolados ou espasmos das pálpebras, uso de lentes corretivas ou terapias de movimento ocular. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária. O plano de tratamento será personalizado conforme a condição diagnosticada.


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